7/24/2007

Nada além de tudo

Não ousou bater na porta; isto demonstra vontade
Sem falar colocou os pés na sua arena
Qual é a batalha desta vez?
Conter o suor que não consegue deixar de cair

Pensar em palavras mais fortes, não diminuirá tua culpa
Fingir esquecer e levantar a cabeça não apaga a memória
Foi infeliz de tentar me enganar com uma flor
Provou do doce, agora é a vez do amargo, amor.

Brincar de ser você
Enganar o teu prazer
Amar sem te querer
O silêncio vai te dizer.

Além da noite

O toque suave do seu corpo
Fez a minha alma tocar a luz
O choque amargo do meu corpo
Fez tua alma abraçar o céu

Nosso amor coberto pelo véo de caos
A doce e bárbara, talvez santa mão
Perdeu-se entre dedos, boca, mas não
Me fez chorar, não me fez amar

É veneno, é possível, mas não é total
É solidão, é calor, mas não é real
É a hora, o tempo, o sentimento
Seu coito, neste momento, meu sustento

Parece um exagero me prostrar assim
Mas a noite se impões além de mim
Sou o que você sempre desejou ter
O nú. O irreal. O impossível prazer.