12/26/2006

Não se engane, não minta.

Não pode ser verdade,
Tudo o que sempre quis, agora é ilusão.
Sonhei em me libertar para não machucar.
Quanta decepção. Ainda sou o mesmo, mas
Com um milhão de angústia.
Descobri que nunca serei igual a você,
Que por mais que eu tente sempre será assim.
Palavras mentirosas, sentimentos ruins
Quanta tolice minha, acreditar que daria certo.
Que era possível ser feliz sem precisar amar alguém.
Não quero amar,
Não quero amor.
Quero sair daqui.
Quero fugir pra lá.
Que sentir, quero uma chance pra decidir.

12/21/2006

Amigos...

Nunca subestime ninguém.
Conforme passa o tempo...percebo que cada um de nós somos únicos.
Por mais sem caráter que possamos parecer, temos nossas qualidades.
E o que falar dos amigos...
Todos temos amigos. Isto é fato. Não é uma mentira.
Precisamos aceitar as particularidades e os sentimentos de cada um.
É possível ser feliz e acreditar que a amizade é duradoura...e de confiança.
Hoje posso dizer que tenho amigos. Precisei crescer dentro de mim.
Na adolescência tive sim, bilhões de amigos, porém somente amigos e mais nada.
Hoje tenho verdadeiros irmãos, seres que completam o meu ser...meus pensamentos.
Não preciso mais correr atrás, comprá-los, trocá-los, pararicá-los com alguma coisa. Eu apenas os espero pra sairmos e curtimos a vida....não é preciso mais nada. Apenas viver é o que interessa.
Aprendi que devemos dividir sim, nossos problemas e também nossas virtudes.
A primeira vez que ouvi alguém me chamar de "egoísta" foi de um amigo. Como me fez mau, porém percebi que ele estava certo. Eu realmente era egoísta e não o aceitava como o verdadeiro amigo que ele sempre foi.

Amo todos vocês, os mais antigos, os mais novos e os que virão.

12/15/2006

Pra sempre...

Foi você quem mudou o lugar
Para estar quando a liberdade tocar
O céu, a nossa única certeza.
Se pensar em quanto irá custar
Não chegaremos a lugar algum
Seremos os mesmos,
Faremos a mesma
Tudo! Tudo! Até o que não podemos
Não vá para o lado de lá
Tenha a certeza de onde vai querer estar
Quando o mar de tocar por inteiro
Quando será feliz
Quando vai sorrir
Pare, pense, faça e corra até o fim.

12/14/2006

Para todos os que não sabem amar

É estranho sentir-se estranho no meio de pessoas tão estranhas
As cores que nunca combinam com sua necessidade de olhar
Os passos desenfreados causando uma tontura indesejada
Está impossível ficar aqui, deixe-me sair

Esses copos sujos de uma falsidade engolida por todos.
A maquiagem que derrete com o calor, mas ninguém percebe
Verdadeiras máscaras discriminatórias da pureza em vão
Não quero nada, apenas o direito de poder sorrir.

Procuro os meus no meio de tamanho caos
Não encontro-os. Será que existiram?
Quero rir no meio de tanta melancolia tardia
A paz que eu não quero seguir. A Paz.

12/13/2006

Muito Obrigado

Gostaria de poder dizer muito obrigado
Te dizer o quanto foi bom me segurar
As pedalas imaginadas e não sentidas
As pedras que não pularam sobre a água

Gostaria de te dizer. Foi legal!
Pelas vezes que quis te amar e não pude
Por todos os dias que te esperei e não veio
Pelo cafuné durante o sono
Foi bom....imaginar tudo isso

Muito Obrigado, PAI.

11/23/2006

Quase sem querer

Eu
Que sempre pensei em dizer a Deus
O quanto me importo, o quanto suporto
Existir pra mim, não é sempre o único
motivo pra chegar até o fim.
É a necessidade de descobrir
Qual o motivo por quem fui partir.

Ele,
Sabe que eu não volto mais
Não juro, nem lucro, nem nada mais
Agora a morte vai partir
O mero termo pode ter começo
O meio terço pode ter seu preço
E eu aqui a buscar o fim.
Diga para mim então
Por que sempre tenho a razão.

Metamor

Desmaterialize-se
Transfigure sua energia em uma esfera nervosa

Desmoralize
Chute a alma do negócio
Que te fez roer as unhas
No final de semana

Purifique o ar pesado
Que te engole sem lhe dar
O direito de ser mastigado

Ocupe-se com o imperfeito
Que sempre irá lhe sugerir
Caminhos para a perfeição

Vomite,
A ganância do seu corpo
Naquele mesmo copo
Que lhe serviu de encosto

Ou seja,
Não tente inventar
Apenas viva!
Atenção!
Saia da cápsula pois
Ela será fechada para reparos.

Dentro do Expresso

Este furacão deixou marcas
Não dá pra colocar mais nada no lugar
Nada se encaixa, tudo falta
Falta a peça que deixei voar

Se descobrisse um invento
Que me recomposse por inteiro
Me deixasse ser quem realmente sou
E me tirasse o grande bloqueio

Se este vento forte passar novamente
Vou me deixar levar pelo seu olho
Não quero ficar aqui preso aos meus botões
Já que posso voar por muitos verões.

Se existe lágrima após a partida
Não sei se de tristeza ou de alegria
Só quero que nessa felicidade incompleta
Eu consiga olhar para a direção certa

11/20/2006

Não sei como me comportar
Deveria sentar e chorar
Mas me sinto tão bem
Tão próximo do meu melhor personagem

Eu, que sempre pedi a Deus
Não posso dizer que não quis
Onde você está?
No sonho, na alma ou em qualquer lugar?

Te senti bem longe, porém junto
É estranho sentir ausência
Quando se está tão próximo
Pode repetir tudo de novo.

Onde está o pecado?

Por que me confunde?
Não te pedi respostas
Mas você quis me deixar parado
Para despejar seu prazer.

Preferi o silêncio do que te dizer
O quanto não entendi sua intenção
Como não pude te conhecer antes
Ficou um desenho falho em nossas vidas

Será que vai apagar?
Será que devo riscar?
Nas horas de dúvidas e angústias
Os pensamentos são inapagáveis.

Realmente posso te dizer que queria respostas
Mas não da forma em que me respondeu
Pode ter havido alguma intenção maior
Porém tudo o quanto senti estava preso.

11/16/2006

Não posso parar de pensar

Marcas

Não posso parar de pensar...
No seu rosto, seu gosto, seus pêlos
Que me tocaram e eu não pude deixar
De pensar que amanhã não te teria

A luz se apagou. Durou muito tempo
O bastante para não conseguir respirar
Me lembro de tudo, menos do fim
Quero tudo novo de novo e para sempre

Pode ser que não volte, que não conte.
Mas uma coisa é certa nessa situação
É preciso acreditar no amor.
É preciso acreditar no amor.
Sem dor. Puro. E simples

9/04/2006


EUTANÁSIA: Presente para os mal agradecidos


Após uma discussão em sala de aula, com os amigos da faculdade de jornalismo, sobre a eutanásia, comecei a pensar seriamente sobre essa prática do ser humano. Defensor da teoria de que “o homem é livre e dono de si mesmo” não percebia tamanha crueldade dessa ambição do homem. Todos os seres humanos são transformadores um da vida do outro. Um ser humano que escolher por morrer bem, deixa claro que não sabe saborear os prazeres da vida.

Muito antes do período medieval, a Eutanásia já era uma das práticas realizadas pelo homem. A ambição do homo sapiens, que se sente no direito de até na hora da morte escolher o que é melhor, torna este assunto uma eterna discussão em todas as camadas da sociedade.

O homem durante sua evolução como animal racional, criou alguns princípios para o convívio em sociedade, um deles a preservação da vida. Porém, as cabeças pensantes que surgiram desde este princípio até os dias de hoje, passaram a questionar se não lhes era direito ter controle sobre sua própria vida.

Com o homem surgiram também as religiões e seus mestres supremos. No ocidente, todas as religiões, vão de encontro à eutanásia, pois ela é uma violência contra a vida. No entanto, familiares e pacientes em fase terminal nos grandes hospitais, sempre cogitam a possibilidade de desligar os aparelhos, para que não haja mais sofrimento.

A discussão à cerca da eutanásia não deve ser o direito à boa morte como sempre se discute, mas sim as condições que o homem se encontra no dias de hoje, principalmente quando se fala em ética. Será possível controlar os profissionais da área hospitalar do mundo? Inclusive do Brasil? Ou melhor, qualquer profissional que diz submetido ao juramento e ao código de ética da profissão? Pela nossa experiência é fácil dizer: NÃO!

A corrupção está presente nas mais impensáveis profissões de nossa sociedade. Então como cidadãos e não estamos alienados, temos a absoluta certeza de que a eutanásia não daria certo em nosso país. Como liberar a prática da eutanásia se não temos controle nem dos deveres mais humano como o de dar de comer a quem tem fome, ou seja, ajudar o próximo? Hoje, um mercado subversivo ronda os hospitais de todo país. Imaginem quantas pessoas supostamente morreriam após optar pela eutanásia, para que seus órgãos pudessem ser liberados para a “doação a preço de custo”. Uma possível liberação da eutanásia, baseada nas leis de sobrevivência atual, iria acarretar em mais uma prática ilícita na sociedade, o tráfico de órgãos e tecidos, que já existe, mas não é divulgado pela grande mídia.

O homem, em primeiro lugar, deve reavaliar seus conceitos como ser humano, a eutanásia vem como a comprovação de que viver não vale a pena! Uma pessoa tetraplégica não pode desvalorizar todos os seus momentos vividos anteriormente. Podemos transformar a vida das pessoas mesmo estando com o nosso corpo limitado. A transformação física pode ser ruim, mas a dedicação das pessoas que cuidam de um doente físico é transformadora.

As atribuições diversas, dadas aos homens pelos próprios homens, fazem com que as pessoas pensem que morrer é uma fuga, não que a morte seja algo ruim, mas ela deve ser encarada como estímulo para que a busca pela vida seja incessante. É difícil acreditar que o homem chega a descartar sua própria existência, mas não podemos nos espantar, já que há tantos anos as pessoas morrem de fome, vivem em constantes guerras e dificilmente levantam uma das mãos para ajudar, isso sim é o fim.

4/03/2006

“Corrente da morte, Arrastão, Cavalinho de Guerra, Guerra do Iraque...aonde vamos parar?

Trabalho como secretário em uma escola municipal na cidade de Taubaté. Tudo está normal, as crianças entraram para suas salas, as professoras aplicaram os exercícios diários e eu fui para a secretaria...
Como em todas as escolas, após um período de duas horas em sala de aula, os alunos saem para o intervalo. Neste período fazem suas refeições e logo após ficam com o tempo livre para brincar, repito, BRINCAR.

Durante meus dois anos neste ofício, passei por três escolas, todas situadas em região de classe baixa, porém, cada uma com suas particularidades. Nestas escolas pude perceber o quanto a mídia maldita influencia a cabeça de nossas crianças.

A primeira escola que trabalhei era em uma região que estava nascendo um bairro, ele ainda era pequeno, um mini bairro. As crianças que lá residiam não tinham costume de ver TV, eles gostavam mesmo era de brincar nos grandes terrenos que ainda haviam por lá, nesta escola sim, era possível sentar e conversar com os alunos, realmente poder fazer a educação florescer. Mas o tempo passou e fui transferido para outra unidade escolar.

Na segunda escola, grande e lotada de alunos, localizava-se em um bairro também grande e famoso pelo seu alto índice de violência. Apesar da pobreza, a maioria dos moradores deste bairro tinham acesso a TV, era possível ver os adolescentes comentarem alguns programas. Um dia na hora do intervalo para as crianças, ouço gritos e assobios: Meu Deus, é uma briga! Chegando perto para ver quem eram os alunos, me deparo com duas crianças de oito anos, grudadas como dois pedaços de plástico com Superbonder. Separo rapidamente. Questiono-os o por quê da tão terrível briga, eles me respondem: “Estavamos brincando de Yu-Gi-Oh!. Continuei com minha dúvida. Mas, na hora do almoço, o horário que os alunos também estão em suas casas almoçando, ligo a TV para dispersar um pouco o pensamento, é violentamente jogado aos meus olhos o falado Yu-Gi- Oh!, um desenho de extrema violência onde matar é a ordem e poder divino. Mas ainda não é tudo.

A última escola, que estou trabalhando nela ainda, localiza-se em um bairro urbanizado, cheio de casas e conjuntos habitacionais, e me impressiono com o tamanho da carência das crianças e penso: “Aqui há um grande trabalho a fazer”.

... Vou para minha sala resolver minhas atividades e espero a hora do intervalo. Quando bate o sinal, o barulho de uma cavalaria com uns 300 animais invade a secretaria: O que é isso?, pergunto a diretora da escola. “ É o recreio”, responde ela. Me assusto com a falta de educação e violência das crianças que “brincam” de “Corrente da morte”, “Arrastão”, “Cavalinho de guerra”, “Guerra do Iraque” (olha a mídia outra vez) e ponho-me a refletir sobre o que os meus olhos não querem ver. “Meu Deus! Aonde vamos parar?

Agora, neste exato momento, em que escrevo este desabafo, recebo a seguinte informação, de cinco alunos que adentram em minha sala: “Diego, fulano tirou sangue da cara de fulana com a unha...”. Fico sem ação para resolver. Perdi a paciência. E estou perdendo as esperanças. Ainda mais, quando encontro produtos de todos os segmentos da indústria, enfiando “goela abaixo” dessas crianças toneladas de propaganda, que idolatram desenhos violentos que deturpam a mente das crianças, que ainda serão um dia o futuro do país. Meu Deus, aonde vamos parar?
Padroeira do Brasil – olhai, rezai, votai, investigai, por nós!!!

Dia 12 de outubro de 2006. Feriado. Dia das crianças e da padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. Nada mais justo dizer: “Projeta nossas crianças famintas”.

Para nossos olhos, não mudou nada, aconteceu a mesma cena anual. Mais de cento e cinqüenta mil fiéis se reuniram para fazer homenagens, agradecer e pedir graças à tão grande e santa virgem Maria. Mero engano. O Brasil não é o mesmo neste ano de 2006. Agora! É Lula. Há muita coisa para pensar e pedir. Santa Maria nos proteja contra a injustiça!

A arquitetura imponente da basílica de Aparecida nos dá certa esperança, porém, tão mais imponente e menos esperançosa, a arquitetura de Brasília nos lembra a corrupção indestrutível. Lampião, Antônio Conselheiro, nos revele o caminho. Faça-se a justiça!

Escândalos e mais vergonhas escrevem nossa história. Três Comissões Parlamentares de Inquérito, as famosas CPI’s, sempre aparecem em nosso país. Quanta desordem! Os nossos pingüins engravatados querem derreter a geleira e inundar o Brasil. E o povo? O povo pede! Pra quem? Para o céu oras, em quem mais se pode confiar neste país? E ainda somos obrigados, sim obrigados, a votar um referendo sobre o futuro da comercialização de armas de fogo no país. Será medo de uma chacina de ministros e deputados? Não sei. Uma coisa é certa. Vou justificar no meu voto!

Retornando ao dia 12 de outubro. O que será que pediram cento e cinqüenta mil pessoas em uma igreja? Melhorias para a segurança pública, mais discussão sobre a transposição do rio São Francisco, a prisão perpétua de Maluf, a não obrigatoriedade do voto ao referendo. Isto é bem questionável e reflexivo. Só espero que as preces sejam atendidas, assim poderíamos decretar feriado algum dia para Padim Ciço e Iemanjá, porque não? Seria uma alternativa para mudar o país! Já que sair às ruas acabou se tornando uma atitude só para corajosos. Ah! Meu Brasil! Nossa Senhora Aparecida! Nos perdoe por não saber votar ou, por sermos enganados tão facilmente por promessas de campanha.

Se mencionarmos ainda 12 de outubro como dia das crianças, com certeza, a indignação é geral. Milhões de pequenos príncipes estão passando fome ou sofrem em condições desumanas. E milhões de reais, é a quantidade de dinheiro gasta em campanhas políticas, bancadas por empresários favorecidos pelo governo. Quanta sujeira!!!

Será o Brasil uma Gothan City, do novo filme Batman Begins? A ponto de ser eliminada do mapa, por tanta corrupção. Espero que não! Como cantou Chico Buarque em tempos passados,...Apesar de você , amanhã há de ser outro dia. Bem, este é o novo dia. No entanto, essas crianças crescerão e terão suas vozes amplificadas, a partir disso o Brasil vai mudar para melhor, ou para pior, com ainda mais violência e desordem, já que até filhos burgueses, com vida feita, matam seus pais e acabam soltos. Ah! Meu Brasil! Quero ser o índio antes do descobrimento! Em paz.