
Estou à margem e na imagem
Não posso lhe dizer que a tudo que vejo estou alheio
Sou mais um erógeno, estou no meio
Apenas finjo
E me comporto
Tentando não quebrar a cara e a carapuça que me vestem
Que não suporto
Que me embalo todo dia pra servir
Andando sempre. Cabeça ereta.
Alma ferida pelo que não consumi
Não sinto nada
São só meus olhos
Que despejam lágrimas pra não cuspir
Não tenho culpa
E também não sei de quem é a culpa
Se dos meus pais
Se de vocês
Ou se apenas o reflexo do medo de ser feliz
Mas cansei.
Sou só mais um
E este será meu fim
A mesma nota,
a mesma rota
O mais do mesmo
A espera do eterno sim
A procura do vento/a mercê do tempo/ eu remonto e invento/ pra não ter que pensar
A procura do tempo / a mercê do vento / e o grande momento / sempre está pra chegar
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